21.6.07

Faces of Violence

You’re Not Better Than Me

She woke up her little boy In the middle of the night
Battered and afraid she wouldn’t survive another fight
Her husband said I’m sorry as his hand held the knife
She swore it’s the last time he’ll threaten her life

She said..You’re not better than me
Why did it take me so long to see

Her favorite photograph was torn and scattered on the floor
Smiling faces trying to hide their private war
She packed a bag to leave and find a safer place to go
So, on the kitchen table she left him a note

It said..You’re not better than me
Why did it take me so long to see

She learned to cry without making a sound
Pretending to be happy when her little boys around
But he can see the pain his daddy left behind
The kind that won’t fade from her body and her mind

Hands are not for hurting,
She teaches her son
She says...when you grow into a man,
Don’t hurt the ones you love

She tried to take her little boy far away from home
Violence is all they had known
Her son he said I’m sorry as his hand held the gun
He swore it’s the last time his momma will have to run

His son said..You’re not better than me
Why did it take me so long to see
I‘m not a victim, I have dignity
You’re not better than me
You’re not better than me
You’re not better than me

Ellen Bukstel

2006 Jewish Community Services Domestic Abuse - You're Not Better Than Me

III Plano Nacional Contra a Violência Doméstica (2007-2010)



O projecto do III Plano Nacional Contra a Violência Doméstica, já aprovado por resolução do Conselho de Ministros, prevê a criação de um regime de mobilidade geográfica que assegure, tanto na Administração Pública quanto nas empresas privadas, a deslocalização de vítimas em condições de segurança e em sigilo para outras localidades, permitindo-lhes o afastamento dos agressores e dificultando reencontros que frequentemente terminam da pior maneira.

Outra novidade do III Plano Nacional Contra a Violência Doméstica é a garantia de “respostas específicas” nas unidades de cuidados de saúde, designadamente através do apoio psico-social nas urgências hospitalares. “As mulheres vítimas de violência doméstica apresentam uma probabilidade três a oito vezes superior de ter filhos doentes, de não conseguir emprego, de recorrer aos serviços dos hospitais, a consultas de psiquiatria por perturbações emocionais, bem como risco de suicídio”, lê-se na introdução do plano, com base em estudos do Ministério da Saúde.

A qualificação de profissionais das diversas áreas de intervenção – saúde, educação, operadores judiciários e forças de segurança – é, aliás, uma das principais apostas do plano que vigorará até 2010 e que tem como objectivo primordial o combate à violência exercida directamente sobre as mulheres no contexto das relações de intimidade. “Apesar de a violência doméstica atingir igualmente crianças, idosos, pessoas dependentes e pessoas com deficiência, a realidade comprova que as mulheres continuam a ser o grupo onde se verifica a maior parte das situações”, lê-se no documento que estabelece cinco áreas estratégicas de intervenção.

O plano elaborado pelo Governo aponta para a “consolidação” da política de prevenção e assume-se como “uma estratégia nacional que tenha impacto na alteração das mentalidades”, prevendo diversas medidas complementares às várias alterações levadas a cabo na reforma penal – que autonomizou o crime de violência doméstica, punível com pena de prisão até cinco anos. Na área da Justiça promete-se ainda encontrar mecanismos de aceleração processual nos casos de violência doméstica, tendo em conta “a particular urgência na sua resolução”.

Aperfeiçoar as casas de abrigo é outra das medidas propostas no III Plano contra a Violência Doméstica, cuja estratégia de divulgação se dirige claramente à população masculina: está prevista uma grande campanha informativa nos jogos de futebol da I Liga.

Fonte: Correio da Manhã, 17 de Junho de 2007